sexta-feira, 12 de maio de 2017

sofrimento produtivo: devolução permitida

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Onde os Cascos Não Tocam

Por mais queas
curvas se faces
por mais queos
rios oscilem les
descansem suas
águas,tais
atos
precedem
a queda
Ecom a
queda
se faz
força.
De rios
se faz
o mar
Deágua
se faz
o meu
corpo
Não me preocupam
ventos que  te sopram
os cochichos que
Te norteiam
sua bússola.
Onde tiver água
fluirei
pelas encruzilhadas
te encontrarei.

sábado, 16 de julho de 2011

Marina Cansada de Esperar

Ah, seu barco, seu casco,
que águas tocam?
Que ventos sopram
seus cabelos de aguaesal?

Percorre águas distantes,
abundantes demais,
ou atraca-se em algum cais?
Deixou-se iludir
pelo brilho do cobre,
pelo ouro do sol,
que é fogo falso
e nada mais.

E agora,
que direção
sua bússola aponta?
onde vai encontrar
meu perdão?
Volta.
com cheiro
de mar(mim),
areia  bem fundo
nos bolsos
um sorriso
Nada mais (nunca mais).

Esqueça a imensidão;
acolhe em meus braços (barco),
cansado terreno e brutal.
Se deixe afogar
Seu cansaço
Meu peito vazio
petrificado e milenar
porto
seguro jamais.

Se Entenda



I

Aceite. Tome pra si o fato
que a tua boca sobre a minha
é trato. Encare agora ou antes;  
antes que o trançar desfaça, antes
que as minhas meias escorram
como a água e ralo,  tome,
se agarra agora ao meu corpo,
respire fundo meu sopro,
ande em cima
do pulso e compasso
do meu coração.

O corpo que
foge ao tempo,
eterno, a  fome
de vagar
pelo emaranhado,
por dentro.
Se esconde
pensar nas luas
lembrar que é lento
o pensar a tua carne
o peito austero e a fome

Acima urde o tempo,
bater do tempo
batendo sob minhas veias,
desde sempre
a vida escorre
entre os relevos.
Compasso. Batendo.

Descola da sua pele viva
olhar de um corpo novo,
Sem tentar ouvir .
Andei andei e dei
de cara com o muro,
antes devo gritar, com toda minha força, ao ódio
tristeza em mim, ilhada, a água
batendo sem cessar nas pedras. Devo gritar.
Digo isso a mim mesma e ao tempo. Mas do teu lado eu me deito.

Imensa. De onda e ódio e dor.

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